quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Divangando no Vazio

Lágrimas me invadem
Inundam meus olhos que vertem sem cessar
Confundindo meus pensamentos, escoando minhas certezas.
Me sinto cansada, roubada, traída, mas não tenho quem culpar
Não que o quisesse, porém ficaria mais fácil explicar
Sinto que algo está indo embora de mim sendo arrancado de alguma forma
Lá no fundo estou feliz
Mas minhas lágrimas insistem em rolar
Meu rosto já registram as marcas dessa odisseia
Que ao meu ver não tem hora para acabar
Abraço o travesseiro à procura de alento
Escuto no radio uma música que pouco me atrai
Por vezes já me foram de extrema ajuda
Mas hoje até elas se calaram diante meu pranto
Procuro então ler a procura de distração
E mais uma vez nada me prende a atenção
O relógio já marca 11:11hs da noite
Lembro que em algum momento alguém me falou sobre portais...
É o horário dos portais.
Quem sabe eu chegue até eles e algo me seja revelado
Devaneios vazios, sem perspectivas
Por este breve momento, minhas lágrimas deram trégua
Se esconderam em algum lugar
Devem ter atravessado os tais portais
O rosto e os olhos marejados não escondem
E o peito, agora um pouco mais leve
Se permite abrir e relatar nestas linhas
Um pequeno e confuso instante
Aonde respostas não são o principal
E as perguntas já foram esquecidas
Levadas com as lágrimas agora secas.
O sono finalmente invade o quarto
A música antes ignorada, agora ressoa e acalenta o peito
Neste momento a dor fica em segundo plano
E tudo silencia.

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